Código do geossítio: PSt06 Denominação: Pico da Cabrita Categoria temática: Vulcanologia |
Concelho: Porto Santo Freguesia: Porto Santo Área do local: 0.1-10 ha Coordenadas(1):33°05'42.60'' N 16°19'01.60'' W Altitude: 220 m Acessibilidade: fácil Distância à estrada asfaltada mais próxima: 0 m Condições de observação: boas (1) Coordenadas do geossítio e/ou melhor ponto de visualização |
Descrição sumária
No Pico da Cabrita afloram materiais correspondentes à fase de montanha submarina, representados por depósitos vulcanoclásticos submarinos, os hialoclastitos, cortados por filões de natureza, essencialmente, basáltica.
Os depósitos de hialoclastitos são constituídos por fragmentos angulosos de rocha basáltica, que fragmentaram devido ao choque térmico resultado do contacto brusco da escoada com a água do mar. Esta interação origina um vidro vulcânico denominado sideromelana que evolui para palagonite, um produto de alteração de cor amarelada resultante da hidratação do vidro basáltico. Compõem uma brecha com estratificação aparente e textura vítrea a porosa.
Os hialoclastitos mais antigos que se conhecem na ilha têm cerca de 19,3 Ma enquanto os mais novos variam entre os 19,3 e os 15,2 Ma.
Quando se encontram muito alterados dão origem a um material argiloso, o salão (vide descrição deste tipo de rocha em Geossítio PSt07), cujos depósitos são mais representativos na Serra de Dentro.
Este depósito de origem submarina encontra-se atualmente a uma altitude próxima dos 200 metros, consequência do levantamento em bloco de toda a ilha, basculamento de N para S, e empolamento central pela atividade vulcânica dos Picos mais recentes.
Estes materiais são designados localmente por “pedras pretas” e foram explorados durante várias décadas e utilizados no fabrico de pozolana.
Outros aspetos observados no local incluem os filões de natureza basáltica que intruem o depósito.
Notas relevantes
A visita ao local de interesse geológico é da inteira responsabilidade do utilizador.
O utilizador deve tomar as devidas precauções quando visita o local, tendo em atenção as condições do terreno, condições climatéricas e outros perigos, para que não se criem situações que coloquem a sua integridade e a de outros em risco.
O utilizador deve respeitar a propriedade privada. O acesso a zonas privadas requer autorização prévia dos proprietários.
O utilizador deve respeitar o património natural mantendo-o intacto. O impacto das suas ações deve ser mínimo.
Como Citar
FERREIRA, M. R. (2014). Património Geológico da Ilha do Porto Santo e Ilhéus Adjacentes (Madeira): Inventariação, Avaliação e Valorização como Contributo para a Geoconservação. Dissertação de Mestrado em Vulcanologia e Riscos Geológicos. Departamento de Geociências da Universidade dos Açores. In: https://geodiversidade.