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Código do geossítio: PM05 Denominação: Pedra Mole Categoria temática: Vulcanologia |
Descrição sumária
Entende-se por xenólito ou encrave (do grego – pedra exótica ou estranha) um fragmento de rocha ou associação de minerais que é envolvido por uma rocha maior (rocha hospedeira e mais nova) durante as fases de cristalização e/ou deposição desta última. Os xenólitos e os xenocristais fornecem informações importantes sobre a composição do manto (camada da estrutura da Terra que se prolonga dos 30km aos 2900 km de profundidade) e que outra forma é inacessível. As rochas vulcânicas no geral e os basaltos em particular podem conter pedaços do manto que são “agarrados e arrastados” durante a ascensão magmática.
Os xenólitos ou encraves do Porto Moniz são afloramentos extremamente raros e de grande beleza devido à presença de agrupamentos monominerálicos de olivina. Possuem outros minerais como ortopiroxena e espinela, mas são os cristais verdes de olivina que mais chamam à atenção e que mostram, em massas granulares de 5 a 15cm, uma maior perfeição de formas. Os estudos efectuados nestes xenólitos demonstraram pertencer a um vasto grupo de litologias ultramáficas (dunito, wehrlito, websterito, harzburgitos e lherzolitos) originários do manto superior muito próximos da transição com a crusta oceânica. Este afloramento constitui assim um ponto de grande interesse científico e didáctico que deve ser protegido e conservado.
Notas relevantes
A visita ao local de interesse geológico é da inteira responsabilidade do utilizador.
O utilizador deve tomar as devidas precauções quando visita o local, tendo em atenção as condições do terreno, condições climatéricas e outros perigos, para que não se criem situações que coloquem a sua integridade e a de outros em risco.
O utilizador deve respeitar a propriedade privada. O acesso a zonas privadas requer autorização prévia dos proprietários.
O utilizador deve respeitar o património natural mantendo-o intacto. O impacto das suas ações deve ser mínimo.
Estatuto de proteção
Espaços agroflorestais – Espaços florestais – Matos (artigo 42.º), de acordo com o Plano Diretor Municipal.
Bibliografia
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BRUM DA SILVEIRA, A.; MADEIRA, J.; RAMALHO, R.; FONSECA, P.; RODRIGUES, C., PRADA, S. (2010) Carta Geológica da ilha da Madeira na escala 1:50.000 - Folha A e B. Edição da Região Autónoma da Madeira, Secretaria Regional do Ambiente e Recursos Naturais; ISBN: 978-972-98405-1-7 (Editado em 2011).
BRUM DA SILVEIRA, A.; PRADA, S.; RAMALHO, R.; MADEIRA, J.; FONSECA, P.; CANHA, E.; BRILHA, J. (2012). Inventariação do Património Geológico da ilha da Madeira. Secretaria Regional do Ambiente - Relatório Final, 414 p.
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MUNHÁ, J.; PALÁCIOS, T.; MACRAE, N.D. e MATA, J. (1990) – Petrology of ultramafic xenoliths from Madeira Island. Geol. Mag. 127 (6), pp. 543-566.
ZBYSZEWSKI, G.; VEIGA FERREIRA, O.; CÂNDIDO DE MEDEIROS, A.; AIRES-BARROS, L.; CELESTINO SILVA, L.; MUNHÁ, J.M. E BARRIGA, F. (1975) Carta Geológica de Portugal na escala 1:50.000. Notícia Explicativa das Folha A e B da Ilha da Madeira. Serviços Geológicos de Portugal: 53 p.
Ficha de inventariação
Como Citar
BRUM DA SILVEIRA, A.; PRADA, S.; RAMALHO, R.; MADEIRA, J.; FONSECA, P.; CANHA, E.; BRILHA, J. (2012). Inventariação do Património Geológico da Ilha da Madeira. Secretaria Regional do Ambiente e Recursos Naturais - Relatório Final, 414 p. In: https://geodiversidade.